Paracelso simplifica o conceito misterioso, mágico ou sobrenatural da alquimia e esclarece:
“É também alquimista o padeiro que converte a farinha em pão, aquele que fabrica o vinho e que tece o fio com sua roca.”
A alquimia é a mãe da química, da alopatia, da homeopatia, porém difere totalmente do sentido atual de farmácia e laboratório.
A alquimia é física, psíquica e espiritual. Dá um sentido divinizante e humanizante a tudo.
Por ser a alquimia o maior tratado de filosofia hermética, tem base nos princípios imutáveis, que são os Estados da matéria: o volátil, o sólido, o líquido e o pastoso. E a árvore é o que melhor a representa.
Exemplo: A vida da árvore começa em estado volátil, onde o pólem das suas flores é transportado pelo ar. Se faz sólida na consistência de seu tronco, se faz pastosa na sua seiva, sua resina, seu látex, se faz líquida na água de seus côcos e no suco de seus frutos. É animal em parte de sua composição, é mineral, quando se faz pedra, quando se transforma em âmbar, quando se faz incenso. É mago, humana e divina por sua função alquímica.
A frase que simboliza a alquimia: “SOLVITE CORPORA ET COAGULATE SPIRITUM” (dissolve o corpo e coagula o espírito).
Nenhuma outra ciência permite chegar a esse tipo de transmutação, metamorfose.
O segredo está no mesmo processo que diferencia o cérebro do computador. O computador só sabe aquilo que é programado. Quanto ao cérebro aquilo que programamos com o conhecimento, fermenta e repercute em todo corpo, mente e alma.
Por ser um tratado universal, pode extrair a essência de uma estrela, de uma planta, de um mineral ou de um homem.
Os Sufis e Gurdjieff criavam substâncias especiais, dentro do próprio corpo.
O espírito é solar, o corpo é terrestre e a alma é a fusão alquímica do corpo e do espírito.
Também mercúrio, enxofre e sal, nos dão uma equivalência com a trindade ou o Trimurty.
O mercúrio é o criador, o enxofre é o conservador e o sal é o transmutador.
E assim está feito. Aumama.
Um texto maravilhoso